O União Recreativo e Desportivo de Arranhó, nasceu em 28 de Novembro de 1976, com a fusão da Sociedade União Recreativa Arranhoense (fundada em 18 de Maio de 1939) com o Clube Desportivo Arranhoense (fundado em 28 de Maio de 1952). (in Facebook )
O Boletim Informativo do U.R.D.A. teve o prazer de entrevistar o Sócio
Nº 1 da nossa Colectividade e Presidente da Assembleia Geral, o Sr. José Munhoz
Frade.
Sócio fundador da Sociedade União Recreativa Arranhoense (SURA), tem
desde sempre demonstrado uma grande dedicação à nossa Colectividade. Ausente no
Brasil durante longos anos, logo que pôde prontificou-se a colaborar com todas
as Direcções que tem passado pelo U.R.D.A..
P – O que sente por ser o Sócio Nº 1 da SURA?
R – É naturalmente com muito
agrado que sinto ser o Sócio Nº 1 da Colectividade, agrado que se baseia no
facto de ter sido o fundador da mesma. O que com outros sonhámos levar por
diante, esta aposta, e muito embora o sonho não esteja ainda totalmente
realizado, é certo que muito já se fez, por isso tenho motivo para estar
contente, pelo dinamismo que as Direcções que teem passado teem vindo a
manifestar.
P – Há anos que vem desempenhando o cargo de Presidente da Assembleia
Geral. Sente-se honrado por isso?
R – É bem verdade que sim, sinto-me
na realidade muito honrado pelos convites que as várias Direcções me têm feito
nesse sentido. Por isso digo me sinto muito honrado pela distinção que me tem
sido demonstrada, facto que com os anos que tenho de sócio me levam a sentir
distinguido com apreço e respeito por todos e especialmente pela Colectividade.
P – Esperava que o actual Grupo Directivo o convidasse para continuar a
desempenhar o cargo?
R – Embora entendesse que deveria
ser substituido mas pelo conhecimento que tenho das pessoas que iriam compor o
elenco, tudo me levou a pensar que seria convidado e, por se tratar de pessoas
que me merecem o maior respeito e amizade, e porque entendo que se trata de um
grupo de pessoas competentes para dirigir os destinos da Colectividade, entendi
que não deveria recusar o convite.
P – Todos os sócios da nossa Colectividade sabem que o senhor dispensa
um cuidado e uma amizade muito especial ao sector musical, não só por ser um
ex-executante, mas também por provas dadas nos últimos tempos aquando da criação
da Escola de Música. Será que a dita Escola está no seu todo a corresponder
àquilo que porventura anteriormente supôs?
R – Não o entendo totalmente
correspondido, já que a meu ver devo dizer que não contava com um factor que
infelizmente ainda se encontra enraizado nas pessoas, nomeadamente um certo
individualismo, que sem dúvida prejudica sempre os fins colectivos. No entanto
faço um reparo no que respeita aos elementos do actual conjunto filho de um
impulsionamento dado ultimamente, porquanto noto sensivelmente o tal
individualismo, como lamento que a Escola na sua essência “aprendizagem de
música solfejo” tenha sofrido uma paragem, o que consequentemente decerto
provocará um vácuo a médio prazo.
P – Qual o desejo que a médio prazo gostará de ver realizado na nossa
Colectividade?
R – Sem dúvida a ampliação da
Sede e com prioridade logo que fosse possível a sala destinada à Biblioteca, de
molde a que oferecesse condições de sossego, de comodidade, por forma a que os
utentes desta a possam usar convenientemente, como ainda isso mesmo fizesse com
que os mesmos respeitassem e dignificassem o local destinado a esse fim.
P – Aceitou de bom grado o aparecimento do nosso Boletim?
R – Sem dúvida, antes enalteço,
por se tratar de um Órgão modesto, mas que concerteza dentro das suas
limitações decerto fará o seu papel de Cultura e informação local, como ainda
da vida da Colectividade.
P – Para terminar gostaria de mencionar nesta entrevista algo que
porventura não tivesse sido perguntado?
R - Pois para terminar, naturalmente
que muita coisa haveria que eu gostaria de mencionar, não será possível devido
por certo a espaço, mas não deixarei de aproveitar esta ocasião para fazer um
apelo a todos os sócios do URDA, no sentido do máximo de colaboração a dar às
Direcções que foram passando por esta casa, sempre todo o apoio sem reservas de
determinados pensamentos derrotistas, mas sim encarando só a causa da
Colectividade: o seu bom funcionamento e consequentemente um connnvívio digno
duma Comunidade que se preza de ser para bem de todos os Arranhoenses.
Arranhó, 26/6/83
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