sábado, 31 de maio de 2014

na Holanda (1987)


Família, na Ericeira...



Viagens de família, 1970

Sevilha

Cádis

com a filha, Leonor, em Aguadulce

Estreito de Gibraltar

Santiago de Compostela

na Quinta do Paço...



Actividade Associativa - fotos - 2








Actividade Associativa - fotos - 1


à esquerda, meu primo José Joaquim, membro da Direcção do URDA


A URDA - apontamentos 1976-1979


Apontamentos para Assembleias Gerais da URDA


“Órgãos de Base, funcionando como órgãos consultivos (em cada órgão deverá fazer parte um elemento diretivo):
a)      MÚSICA e CANTO
b)      CONVÍVIO e RECREIO
c)      LITERATURA
d)      FOTO e CINEMA
e)      EDUCAÇÃO FÍSICA e ATLETISMO
f)       FUTEBOL, BASKET, ANDEBOL e TÉNIS DE MESA”

“Os diretores de secção deverão elaborar relatórios, que apresentarão à direcção e consequentemente à Assembleia Geral; assim como suas iniciativas e pretensões, no sentido da expansão e desenvolvimento da Colectividade, serão sempre postas à aprovação da direcção e ainda, caso esta o julgue conveniente, à Assembleia Geral; bem como suas contas setoriais, tais como receitas e despesas respectivas. EXPLORAÇÕES, BUFETES, ENTRADAS, SORTEIOS, ETC..”

“Deverão sempre que julgarem conveniente, convocar em forma ROTATIVA, entre todos os componentes, quer diretivos quer dos órgãos de base, no sentido de auxílio a cada órgão. Deverão também especificar a origem das receitas, se em festas, recreativas, desportivas, ou qualquer outras.”

“Precisamos incrementar e fazer funcionar todos os setores que o distintivo desta Colectividade insere (e que correspondem aos indicados, nos estatutos aprovados em Assembleia Geral). São eles – Música e Canto, Teatro, Literatura e Cinema, Educação Física e Atletismo, Futebol, Basket, Andebol e Ténis de Mesa, Convívio e Recreio.”

 “1977
135.871$10

1978
110.330$60


Acta:


“Aos 28 de Janeiro de 1979, pelas 18 horas, na sede da Colectividade, nesta freguesia de Arranhó e concelho de Arruda dos Vinhos.
À hora referida o presidente deu por aberta a sessão, para dar início aos trabalhos, com a ordem prioritária:
1º Apresentação de contas e apreciação do relatório a apresentar pela direcção e referentes ao ano de 1978.
2º Votação para os novos corpos diretivos, com funções a assumir durante os próximos dois anos.
Baseado na alínea B do artigo 26º de nossos estatutos e como só houve uma lista, o presidente propôs o adiamento desta assembleia, no sentido de dar oportunidade a qualquer grupo de sócios, para usarem do seu direito de apresentar uma lista concorrente e bem assim se poder cumprir em absoluto, o citado artigo 26.
No entanto a assembleia que se constutuia, por sócios, ou seja pela percentagem de __%, pronunciou-se por unanimidade, no sentido da aprovação da lista apresentada pela direcção. Assim sendo, embora contrariando o disposto no artigo 26º o presidente salvaguardou a sua posição no sentido do cumprimento estatutário, expondo a sua posição, resignando-se à evidência.
Em virtude da lista apresentada, não ter ainda os lugares a cada um destinados (…)
Que tomarão posse no próximo 10 de Fevereiro de 1979.

A apresentação de contas que foram aprovadas, apresenta um saldo positivo em 31/12/78, para 1 Janeiro 79 foi de 110.330$60.

O presidente da Assembleia, na sua qualidade de sócio, apresentou uma proposta que foi contrariada em parte, não tendo sido votada, mas que vai ser exarada nesta acta e que é do teor seguinte:

A citada proposta é no sentido de uma subdivisão de todos os corpos directivos, bem como de uma chamada de atenção no sentido de incrementar e fazer funcionar todas as actividades previstas nos estatutos, aprovados em assembleia geral.
São eles: artigo 2º a) música e canto, b) teatro, c) litratura, d) foto e cinema, e) educação física e __, f) futebol, basquet, andebol e ténis de mesa, g) convívio e recreio.
Como todos sabem após a aprovação dos estatutos, só se deu impulsionamento ao sector do futebol! (devo esclarecer que nada me move no sentido contrário a este facto). Devendo até, dentro do possível incrementar essa prática.
Logo portanto, creio que todos lamentamos o facto d,e até agora, as outras actividades a que se referem os estatutos terem sido postas de parte, nomeadamente a música.
Que se não fora um grupo independente de sócios, sem qualquer apoio, senão o seu gosto e força de vontade.
Esse gesto contribuiu sem dúvida, de impulso, como satisfazer, isolada e às suas custas, o cumprimento de um dos sectores, por todos nós aprovados, como contribuiram muito consideravelmente, em prol da nossa sede!...
Embora seja inegável, que este sector é dos primordiais, nada se fez, para que ele possa continuar e subsistir; pois que há que criar uma escola de música!...
Urgente sem dúvida é encarar o final das obras da sede, com a criação de uma biblioteca.

Esta proposta que foi apresentada por escrito deverá fazer parte dos arquivos desta Colectividade.
Não havendo mais o presidente deu por encerrada a sessão, pelas __ horas ___ que após lida e aprovada vai ser devidamente assinada.”

sexta-feira, 30 de maio de 2014

em Santos...




no baptismo da filha 

em São Paulo...




compras no matadouro de Jundiaí


com o lituano Zenonas Jastrezemskis ("Ziga")

Investimentos:




quinta-feira, 29 de maio de 2014

Actividade Cultural - a S. U. R. A.

O União Recreativo e Desportivo de Arranhó, nasceu em 28 de Novembro de 1976, com a fusão da Sociedade União Recreativa Arranhoense (fundada em 18 de Maio de 1939) com o Clube Desportivo Arranhoense (fundado em 28 de Maio de 1952). (in Facebook )



O Boletim Informativo do U.R.D.A. teve o prazer de entrevistar o Sócio Nº 1 da nossa Colectividade e Presidente da Assembleia Geral, o Sr. José Munhoz Frade.
Sócio fundador da Sociedade União Recreativa Arranhoense (SURA), tem desde sempre demonstrado uma grande dedicação à nossa Colectividade. Ausente no Brasil durante longos anos, logo que pôde prontificou-se a colaborar com todas as Direcções que tem passado pelo U.R.D.A.. 



P – O que sente por ser o Sócio Nº 1 da SURA?
R – É naturalmente com muito agrado que sinto ser o Sócio Nº 1 da Colectividade, agrado que se baseia no facto de ter sido o fundador da mesma. O que com outros sonhámos levar por diante, esta aposta, e muito embora o sonho não esteja ainda totalmente realizado, é certo que muito já se fez, por isso tenho motivo para estar contente, pelo dinamismo que as Direcções que teem passado teem vindo a manifestar.

P – Há anos que vem desempenhando o cargo de Presidente da Assembleia Geral. Sente-se honrado por isso?
R – É bem verdade que sim, sinto-me na realidade muito honrado pelos convites que as várias Direcções me têm feito nesse sentido. Por isso digo me sinto muito honrado pela distinção que me tem sido demonstrada, facto que com os anos que tenho de sócio me levam a sentir distinguido com apreço e respeito por todos e especialmente pela Colectividade.

P – Esperava que o actual Grupo Directivo o convidasse para continuar a desempenhar o cargo?
R – Embora entendesse que deveria ser substituido mas pelo conhecimento que tenho das pessoas que iriam compor o elenco, tudo me levou a pensar que seria convidado e, por se tratar de pessoas que me merecem o maior respeito e amizade, e porque entendo que se trata de um grupo de pessoas competentes para dirigir os destinos da Colectividade, entendi que não deveria recusar o convite.

P – Todos os sócios da nossa Colectividade sabem que o senhor dispensa um cuidado e uma amizade muito especial ao sector musical, não só por ser um ex-executante, mas também por provas dadas nos últimos tempos aquando da criação da Escola de Música. Será que a dita Escola está no seu todo a corresponder àquilo que porventura anteriormente supôs?
R – Não o entendo totalmente correspondido, já que a meu ver devo dizer que não contava com um factor que infelizmente ainda se encontra enraizado nas pessoas, nomeadamente um certo individualismo, que sem dúvida prejudica sempre os fins colectivos. No entanto faço um reparo no que respeita aos elementos do actual conjunto filho de um impulsionamento dado ultimamente, porquanto noto sensivelmente o tal individualismo, como lamento que a Escola na sua essência “aprendizagem de música solfejo” tenha sofrido uma paragem, o que consequentemente decerto provocará um vácuo a médio prazo.

P – Qual o desejo que a médio prazo gostará de ver realizado na nossa Colectividade?
R – Sem dúvida a ampliação da Sede e com prioridade logo que fosse possível a sala destinada à Biblioteca, de molde a que oferecesse condições de sossego, de comodidade, por forma a que os utentes desta a possam usar convenientemente, como ainda isso mesmo fizesse com que os mesmos respeitassem e dignificassem o local destinado a esse fim.

P – Aceitou de bom grado o aparecimento do nosso Boletim?
R – Sem dúvida, antes enalteço, por se tratar de um Órgão modesto, mas que concerteza dentro das suas limitações decerto fará o seu papel de Cultura e informação local, como ainda da vida da Colectividade.

P – Para terminar gostaria de mencionar nesta entrevista algo que porventura não tivesse sido perguntado?
R - Pois para terminar, naturalmente que muita coisa haveria que eu gostaria de mencionar, não será possível devido por certo a espaço, mas não deixarei de aproveitar esta ocasião para fazer um apelo a todos os sócios do URDA, no sentido do máximo de colaboração a dar às Direcções que foram passando por esta casa, sempre todo o apoio sem reservas de determinados pensamentos derrotistas, mas sim encarando só a causa da Colectividade: o seu bom funcionamento e consequentemente um connnvívio digno duma Comunidade que se preza de ser para bem de todos os Arranhoenses.

Arranhó, 26/6/83

A. Reis

(Para mais informação, veja-se o site da URDA )

Actividade cultural - a Banda de Jazz



De uma esplêndida resenha histórica, de autoria de José Manuel Ferreira Luís, publicada no final de 1985 e de que aqui reproduzo os 'fac-similes', retirei alguns excertos relativos ao contributo cultural dado por meu pai, bem como à continuidade da semente que lançou.


(...)
"Incorformados com a pobreza da época, a falta de oportunidades para canalizar as suas energias e o desejo de progresso, um grupo de jovens arranhoenses liderados por José Munhoz Frade funda, em 18 de Maio de 1939, a Sociedade União Recreativa Arranhoense (S. U. R. A.).
Espelhando a ansiedade da juventude de então, são realizadas récitas e teatros de saudosa memória e, claro, alguns percalços... Numa ida aos Sabugos os nossos "artistas" não se saíram muito bem na representação e, não fosse o rápido abandono do palco, teriam levado uma valente tareia. Mas, apesar do insucesso, nem tudo foi mau pois conseguiram apurar 96$00 escudos.




Galvanizados pela dinâmica dos primeiros tempos da SURA, iniciam-se os estudos de solfejo em 1940 e, em 1942 estreia-se a trupe-jazz "Os Bem Entendidos de Arranhó" composta pelos seguintes elementos:
José Munhoz Frade - clarinete
Teófilo - trompete
Custódio Carreira Pinto - banjo, bandola
Manuel Assis -  banjo, trompete
António Raimundo - bandola
José d'Além - saxofone alto
José Pinto - jazzbandista
António Carreira - bandola
Benjamin - viola
Mário Martins - Mestre

Sobrava então em entusiasmo o mesmo que continuava a faltar em dinheiro. Por essa razão, cada qual comprou a sua farda. Aliás, nessa altura a Sociedade não tinha dinheiro nem para pagar a renda. A orquestra apresentava-se galhardamente fardada com fato, calça e casaco pretos, camisa branca e laço preto.
Utilizavam instrumentos de cordas como base, só vindo a adoptar instrumentos de sopro mais tarde. Fizeram um enorme sucesso, deixando na memória de todos, momentos de inesquecível emoção."


(...)
"Em Novembro de 1949 consegue-se juntar um lote de entusiastas no estudo do solfejo, sob a batuta do Mestre Mário Martins. No Verão de 1950, mais propriamente a 13 de Agosto, elegantemente fardados de casaco branco, calça castanha, camisa branca e gravata azul, saem para as ruas da terra:
Álvaro Assis Lourenço - saxofone alto
António Barros - trompete
Evaristo Jacinto Luís - clarinete
António Soares - saxofone tenor
José Rodrigues Gonsalves - saxofone soprano
Francisco Lourenço Pulga - bateria
Luís Raimundo Reis - bateria
Domingos Munhoz Frade - saxofone alto
Domingos Burra - trombone
José Raimundo Luís - trompete
Mário Martins - Mestre, saxofone alto e clarinete

Nos bailaricos tornam-se um êxito modinhas como a "Grande Marcha de 1950", o "Vira do Carnaval", o "Vira das Romarias", o "Papai Adão", a "Marcha de Arranhó" e muitas outras mais. Os Bem Entendidos de Arranhó levam a sua música a todo o lado. De Arruda dos Vinhos à Ajuda, à Malveira, à Louriceira de Cima e a Arranhó de Baixo. Todas grandes jornadas de sucesso. Mais uma vez a população rejubila com a sua música e não regateia aplausos.

A mobilização dos mancebos para a tropa e a saída para a capital, em busca de trabalho e uma vida melhor tornam impraticável a continuação da orquestra."


Após o 25 de Abril,
"O entusiasmo e a solidariedade são a prática diária. Arranca a construção do novo edifício-sede da SURA." (...) "É neste contexto que, em 1975, José Raimundo Luís, Domingos Munhoz Frade e Álvaro Assis Lourenço se juntam para tentar levar por diante um seu projecto - fazer reaparecer a orquestra Os Bem Entendidos e, desse modo, ajudar a Sociedade a seguir em frente com as obras. Vão convidar o seu antigo mestre, e grande amigo da terra, Mário Martins. Outros contactos são estabelecidos e a ideia ganha rapidamente forma. A pouco e pouco à velha sede da SURA vão chegando novas caras para aprender o solfejo e ensaiar.

O Carnaval de 1976 é a data escolhida para reaparecer em público depois de 23 anos de ausência. Desta vez a farda será um casaco azul, calça creme e camisa branca. Do programa, constava a concentração dos elementos da Orquestra e do povo junto da velha sede, seguida de desfile até ao novo edifício da Sociedade. A exemplo de outros tempos, irão percorrer as principais ruas de Arranhó, Ajuda, Quinta do Paço e Outão. À noite, seria o baile com:
bateria - Luís Raimundo Reis e Francisco Lourenço Pulga
saxofone alto - Domingos Munhoz Frade, Álvaro Assis Lourenço e Joaquim José Além
saxofone tenor e vocalista - António Raimundo Reis
saxofone soprano - José Rodrigues Gonsalves
trompetes - José Raimundo Luís e António Raimundo Lourenço
clarinete - Joaquim da Conceição Luís
órgão - António Raimundo Assis

Foi um sucesso total. A adesão da população foi exemplar. Marchas, passo-dobles e viras fazem pular novos e velhos. Voltam a ouvir-se a "Marcha de Arranhó", o "Vira das Romarias", a "Ceifeira e o Cavador". As lágrimas sobem aos olhos de muita gente.

A partir daí os principais bailes da Sociedade são abrilhantados pelos Bem Entendidos. A Comissão de Festas do S. Lourenço não dispensa a sua participação no programa. Novas músicas são apresentadas e são um sucesso - o "Soleado", o "Rapaz da Camisola Verde", etc.. São tocados clássicos como "Coimbra" e "Cheira Bem, Cheira a Lisboa" e bem assim como os êxitos nacionais e estrangeiros da ocasião. Novos elementos,
António José Além - viola eléctrica
José Manuel Pinto - viola eléctrica
Carlos Manuel Ferreira Rodrigues - clarinete
vêm dar o seu contributo à orquestra, ainda que nalguns casos por pouco tempo.
Fazem inúmeras saídas - Paço do Lumiar, Casal das Barbas, Casais de S. Quintino, Fetais, Pé-do-Monte, A-do-Basso, Camondes, A-dos-Eiros, Alcobela, A-dos-Arcos, Refugidos, Campolide, Aldeia Gavinha, etc, etc..

28 de Novembro de 1976. Para unir o movimento associativo arranhoense no desenvolvimento das actividades recreativas, desportivas e culturais na terra é realizada a fusão da Sociedade União Recreativa Arranhoense com o Clube Desportivo Arranhoense para nascer o actual União Recreativo e Desportivo de Arranhó. A orquestra prossegue a sua colaboração e vive dois momentos de particular emoção - a inauguração do novo edifício-sede e a formação de uma Escola de Música.

Apadrinhados pelos Bem Entendidos, estreiam-se no palco em 1982,
José Manuel Machado Frade - viola ritmo
Vítor Rodrigo Conceição Lourenço - bateria
José Carlos Carvalho Alves - saxofone tenor
Paulo Jorge Gonsalves Luís - viola ritmo
Arnaldo Raimundo Assis - órgão
Luís Filipe Val Pinto - viola baixo
António Manuel B. S. Encarnação - saxofone tenor
Lélio Raimundo Lourenço - trompete
José António Severino Lourenço - vocalista
que adoptam o nome de Conjunto Nova Geração e conquistam desde o primeiro momento a simpatia de todos.
Para a orquestra a continuidade está à vista e, face a um certo desencanto e saturação, resolvem optar por uma paragem na sua actividade. Passam apenas a sair para a rua uma vez por ano, a convite da Comissão de Festas, para fazer a procissão da noite nos festejos de Agosto em honra de S. Lourenço.
O Conjunto Nova Geração, esse confirma as expectativas, apresenta rapidamente enormes progressos, passando as suas apresentações em palco a constituir verdadeiros espectáculos de música jovem." 

Família

 

meus avós Joaquina e Domingos, c. 1968
 

 



O talho 256...


cartões de visita...


pela Europa...

na Torre Eiffel (de pé, primeiro à esquerda), 1956

(agachado, terceiro a contar da esquerda) 1956

(terceiro, a contar da direita) 1956


Milão (segundo, a contar da esquerda), 1956


actividades...


Os Bem Entendidos, c. 1942


com Arlindo Vicente (?)



1961, São Paulo (Brasil)