de Valério Guerra
Querido Amigo, foi, o teu Pai!Choro pelo teucom saudades do meu.Choro por tipor saber o que sofri,por amargar aindaa vespa do luto,por não voltar a linda,a cepa que me fez fruto.Destra lei da vidaque nunca nos preparapara tamanha feridae a raiz desampara.Quando um pai nos parte,vão com ele fogos e auroras,e o que sobra não tem arte:secam campos, telhados, noras...Fica-nos a vez- e como dói essa vez! -,de tornear um fio de luzao espinho que a morte induz.
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